No universo dos cartões, existem diversos elementos que atuam nos bastidores para garantir que uma compra, um saque ou um pagamento aconteça de forma segura e sem atrasos. Um desses elementos é fundamental para a estabilidade do sistema: o collateral.
Se sua empresa oferece cartões de crédito, débito ou pré-pagos com bandeiras como Visa ou Mastercard, você precisa contar com um fundo chamado collateral, uma garantia que assegura o cumprimento das suas obrigações durante todo o ciclo transacional. A seguir, veja como ele é calculado e por que é tão importante.
O que é o collateral e por que ele é tão importante?
O collateral é uma garantia financeira exigida por bandeiras internacionais como Visa ou Mastercard a todos os emissores de cartões. Seu objetivo é proteger o ecossistema de pagamentos contra eventuais inadimplências do emissor, garantindo que cada etapa do processo seja concluída sem atritos, mesmo diante de imprevistos.
Na prática, trata-se de um fundo bloqueado que atua como respaldo caso o emissor não transfira os valores correspondentes às transações realizadas. Quando isso acontece, a bandeira pode utilizar o valor disponível no collateral para cobrir os pagamentos devidos ao adquirente ou ao comércio, evitando interrupções ou recusas na operação.
Resumindo: o collateral funciona como um colchão de segurança para que tudo continue operando, mesmo se algo sair do previsto. Esse valor é mantido em garantia pela bandeira.
Por que é tão importante?
Porque o collateral não é apenas um requisito técnico: é um componente essencial para manter operações estáveis, atender aos padrões exigidos pelas bandeiras e permitir que o negócio escale sem interrupções.
Ao entender como esse mecanismo funciona e acompanhar sua evolução, as empresas conseguem tomar decisões mais estratégicas: desde liberar excedentes não utilizados, antecipar ajustes conforme o crescimento do TPV até planejar expansões sem riscos.
Qual é o papel do collateral no ciclo de uma transação?
Sempre que um usuário utiliza seu cartão, inicia-se um processo com três etapas:
- Autorização: O usuário realiza uma compra ou saque.
- Compensação: Os adquirentes e comércios reportam a operação.
- Liquidação: A bandeira informa os valores e executa a transferência de fundos.
Neste processo, o collateral permanece ativo como fundo de garantia, assegurando que a bandeira possa cumprir com os pagamentos ao adquirente, mesmo que o emissor não o faça.
Como é calculado o valor necessário?
O valor do collateral é definido pela bandeira, como Visa ou Mastercard, e tem como base o TPV (volume total de pagamentos) médio diário dos últimos 90 dias do emissor. Esse valor é então multiplicado por um fator que varia conforme:
- O país
- A bandeira
- O tipo de cartão (crédito, débito ou pré-pago)
Exemplos práticos:
- Se o TPV médio diário sobe de R$100 para R$150 e o multiplicador é 4x, o collateral necessário passa de R$400 para R$600. Será preciso aumentar o fundo em R$200.
- Se o volume do TPV diminui, pode haver um excedente. Nesse caso, é possível solicitar o reembolso dessa diferença.
Conheça nossa gestão de Collateral
Se você utiliza nossa solução de BIN Sponsorship, em que fornecemos a licença da bandeira para emissão dos seus cartões, nós cuidamos da gestão regulatória e operacional, que inclui:
- Conciliação com a bandeira
- Administração do fundo de collateral
- Relatórios automáticos e acompanhamento contínuo
Além disso, no nosso Dashboard, você tem acesso em tempo real ao saldo disponível de collateral, dados detalhados sobre seu uso e alertas sobre quando é possível liberar ou reutilizar parte do fundo.
Se você utiliza nossa solução de Issuer Processing, e já possui a licença própria para emitir cartões, a gestão do relacionamento com a bandeira e do fundo de collateral fica sob sua responsabilidade.
Conclusão
O ecossistema de pagamentos exige cada vez mais precisão e resiliência. Entender como funcionam mecanismos como o collateral é uma vantagem para qualquer empresa.